É arte...É arte amar-te tanto e ter-te...É arte adorar-te e perder-te...É tudo arte....O sentimento esquecido no canto mais sombrio do meu coração foi resgatado por ti quando eu mais precisei, a tua medalha de honra foi te dada quando me puxaste das amarguras de um passado vencido e me deste arte...A arte de tocar-te de olhar para ti e sentir a barriga a voar e o sorriso a tomar vida própria...Porquê? O que é que correu mal? Quando é que a nossa arte o deixou de ser? Quando é que te esqueceste de mim? Meu amor, quando? Quando é que paraste de me amar? Qual foi o exacto momento? Quando é que percebeste que eu já não era a ''tal'' e que nós não estavamos destinados a ficar juntos? Não me digas...Não me digas nada...Não quero saber, eu apenas quero, quero o que não quero, quero o que já tive, quero o que um dia já quis, quero o que se calhar um dia não vou querer, tal como tu...Eu realmente pensava que iamos durar, pensei que iriamos resistir às manhas da vida e sobreviver às armadilhas do destino e à beleza dela...É a arte dela mais pura que a minha? Mais sincera? Mais bonita? Mais calorenta e acolhedora? Tu um dia disseste: '' Tu não és a rapariga de uma noite, tu és a rapariga de uma vida'', o que é que mudou desde esse dia? Porque é que quando tu te vais embora a única coisa que fica é o ''porquê''? 1440 dias de arte, e largos minutos de amor e de grandeza, e agora diz-me, qual foi o tão precioso segundo que eu perdi? Qual foi o minuto em que decidiste que arte já não é arte? Será que não vês, o meu coração é a presa da tua mais livre alma, e a minha loucura é mais inquietante refém da tua paixão!
Eu pintei de cada cor cada perfeição tua e risquei do meu caderno cada defeito que tu pudesses ter, eu tornei-te numa obra prima, eu tornei-te em arte e tu deste-me arte... A minha mais profunda inspiração, o meu mais desejado poeta, o meu mais eufórico músico e o mais perturbante actor, tu foste arte...Nós costumávamos ser arte...'' Tu não és a rapariga de uma noite, tu és a rapariga de uma vida'', prova-o, diz aquelas palavras mais uma vez...Eu não quero voltar ao inicio, eu apenas quero o que um dia já quis e o que um dia se calhar já não vou querer, tal como tu... Eu sou imprevisivel, dificil e inconstante, mas nem isso te afastou...Nós ultrapassavamos todas as discussões e controvérsias deste amor então condenado, desta arte ignorada e distorcida...Não eramos para ser? Como é que podes ter a certeza? Qual foi o segundo? Quando é que a minha arte deixou de ser arte? E, então tu respondeste: '' Quando passou a ser só tua''

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